Um chocolate curioso. Isso foi no início. Mais tarde uns recados invasivos e ela não queria esse tipo de poesia na vida. Começaram a falar, falar demais e falar tanto que às vezes não era preciso falar. Havia distância polida. Depois tudo ficou mais perto, começaram a falar outra língua. Tudo ficou mais e mais perto, começaram a falar uma língua só, estranha. E no meio disso tudo, ponha muita confusão. E discussões. Tolas. E encontros. Não realizados. Era o reino do platônico. E de tanto ser platônico, ficou irreal. Um virou as costas e o outro virou o que era. Há distância. Um buraco onde nunca teve chão.
Em quantos atos se faz um romance do que não foi?
3 comentários:
Você quer me matar???
li seu texto e quase chorei!!
me identifiquei tanto!!!!
Ai minha linda ficou ótimo!!!
E só um ps: Te amo mtão!!
em dois ato(rés). e o que não é, é infinito, lá se vai tanta beleza...
"Em quantos atos se faz um romance do que não foi?"
Absolutamente genial.
Me lembrou uma frase pixada na parede da Universidad Complutense de Madrid: Isso aqui quer voltar a ser o que nunca foi.
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